O projeto Saturamini é uma adaptação de forno elétrico funcional, com capacidade para quatro panelas e funções de preparar ou cozinhar alimentos a vácuo l Foto: Divulgação/FEI
Estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) desenvolveram projetos de formatura com foco de geração de eletricidade a partir das ondas e movimento do carro. Outras inovações na área da sustentabilidade também foram apresentadas.
O projeto Poseidon produz eletricidade com o movimento das ondas marítimas capaz de alimentar geladeira, lâmpadas, ventilador e aparelho de televisão. Já o projeto Lombada Geradora de Energia é um obstáculo que, colocado no solo, aproveita a energia dos automóveis em movimento para geração de energia elétrica.
Essas são algumas das dez inovações que serão apresentadas na 29ª ExpoMecPlena, mostra de projetos de formatura dos alunos do curso de Engenharia Mecânica Plena da FEI. A exposição será no dia 16 de dezembro, a partir das 19h, no Ginásio de Esportes do campus São Bernardo (avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 3.972, bairro Assunção).
O projeto Poseidon consiste em um equipamento capaz de obter energia elétrica a partir do movimento das ondas marítimas. O sistema é composto por um braço mecânico, de 20 a 30 metros de comprimento, acoplado a uma boia, em alto mar e responsável pela captação dos movimentos vertical e horizontal das ondas.
O sistema possui dois pistões hidráulicos que jogam fluido para a geração da turbina e da energia elétrica, armazenada em baterias de veículos. São gerados cerca de 235 watts, suficientes para alimentar quatro lâmpadas, um aparelho de televisão, uma geladeira e um ventilador. As baterias levam cerca de cinco horas para serem carregadas e garantem autonomia de 19 horas.
Outro trabalho dos formandos é a Lombada Geradora de Energia ou LGE . É uma estrutura metálica, que capta a energia cinética dos automóveis em movimento, para geração de eletricidade. A lombada inteligente pode substituir os obstáculos convencionais, como valetas, lombadas e tartarugas, pois também oferece resistência à passagem dos veículos e pode ser instalado em locais de forte fluxo de veículos. A energia gerada pode ser usada para alimentar semáforos, painéis de LED e iluminação das vias.
Forno a vácuo
Para preservar as propriedades nutritivas dos alimentos, perdidas em preparações com temperaturas muito elevadas, os estudantes da FEI também criaram um forno com opção de cozimento em baixas temperaturas e pressões (a vácuo). O projeto, chamado Saturamini, é uma adaptação de forno elétrico funcional, com capacidade para quatro panelas e funções de preparar ou cozinhar alimentos a vácuo.
Segundo os estudantes, já existe um equipamento similar, mas produzido na Espanha, que custa cerca de R$ 26 mil. A ideia é oferecer um equipamento de cocção a baixa pressão, que atenda ao mercado nacional, com melhor custo.
Confira outros projetos :
Incinerador de lixo hospitalar – O projeto H-Pyro é um incinerador de lixo hospitalar alimentado por combustível gasoso, com duas câmaras de combustão, e com o aproveitamento dos gases de exaustão para a realização de processo de co-geração de energia.
Máquina de triturar pneus – Pensando nos aspectos econômico e ambiental, os formandos criaram o projeto Frac Tire, máquina de triturar pneus. A proposta é tornar viável a utilização do produto como matéria-prima para outros segmentos.
Sistema de climatização – O projeto Geostufa aproveita a baixa variação da temperatura do solo, independente da época do ano, por meio de bomba de calor. Este sistema tem como diferencial fazer esta troca de temperatura no condensador (resfriamento) ou no evaporador (aquecimento). Além de poder ser aplicado em regiões urbanas (hospitais, condomínios e shoppings), o sistema também pode ser usado para controlar a temperatura em zonas rurais (granjas, cultivo de flores e vegetais).
Redação site Ciclo Vivo