Trabalho está sendo conduzido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, com participação de outros órgãos e agências reguladoras.
O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) iniciou estudo sobre as redes inteligentes de energia – internacionalmente chamadas de smart grids – com a supervisão da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O CGEE é uma organização social supervisionada pelo por esse ministério.
O estudo tem a finalidade de prover visão da sociedade brasileira para a introdução desse conceito, antevendo desafios, oportunidades e impactos econômicos, industriais, tecnológicos e sociais na economia brasileira. Busca, além disso, produzir subsídios para formulação de políticas públicas que digam respeito aos diversos órgãos governamentais setoriais envolvidos nas questões. O término está previsto para 31 de dezembro.
A abertura dos trabalhos do estudo foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Ronaldo Mota, e pelo presidente do CGEE, Mariano Francisco Laplane, durante a primeira oficina do estudo, com o objetivo de levantar “Desafios e oportunidades das redes inteligentes”, realizado em Brasília.
Além do MCTI, participaram instituições como: Ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento (MDIC), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), universidades, CPqD, Operador Nacional do Sistema (ONS) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de dois participantes internacionais, do Reino Unido (National Grid) e da Alemanha.
Ações no MCTI
O tema das smart grids está incluído no planejamento da Setec/MCTI no âmbito do Programa de Distribuição de Energia Elétrica e figura com um das metas propostas pela Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2011-2014 (ENCTI) 2011-2014.
A secretaria, no segundo semestre de 2011, participou de duas missões ao exterior específicas sobre o assunto, sendo uma sob a coordenação de órgãos da Alemanha e do governo do Reino Unido. Nessas missões os integrantes participaram de eventos técnicos e científicos, realizaram visitas técnicas e reuniões com os diversos atores envolvidos. As missões envolveram integrantes de ministérios, agências reguladoras e associações, bem como pesquisadores.
A Setec está estruturando um laboratório de smart grid na Universidade Federal do Ceará (UFCE) com previsão de inauguração no início de 2012.
Algumas iniciativas brasileiras
A Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) e a Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), no âmbito do ambiente regulado pela Aneel, estão realizando um estudo para a “elaboração de uma proposta para um plano nacional para a migração tecnológica do setor elétrico brasileiro do estágio atual para a adoção plena do conceito de rede inteligente”. A Setec/MCTI participa do comitê consultivo desse projeto, que reúne 63 concessionárias brasileiras e tem término previsto para o fim do ano.
Além disso, sob a regência das aplicações reguladas pela Aneel, algumas concessionárias de serviço público de energia estão realizando pesquisas e implantando projetos pilotos e demonstrativos. Entre elas, Cemig, Light, Ampla e Eletrobras.
O MME, por meio de um grupo de trabalho (GT), inicialmente restrito ao próprio ministério, realizou estudos em 2010 para levantar o estágio do conceito de smart grids no mundo. A ABDI realiza estudos sobre mercado dessas redes no Brasil.
*Com informações da Agência MCTI